Será o cigarro uma bomba atômica?!

Olá, cientistas do cotidiano!

O mundo assiste, estarrecido, ao drama dos Japoneses, que, depois de tantas tragédias, ainda precisam administrar os constantes vazamentos radioativos de suas usinas.


Eu é que não queria material radioativo perto de mim! Deus me livre!

e você, queria?

você fuma? se fuma, queria, sabe porquê?

vejamos, passo a passo...

1° As plantações de tabaco recebem fertilizantes, que são feitos de rochas de fosfato (ricas em URÂNIO!). Na verdade o Urânio está presente normalmente no ambiente, mas em muito maior concentração nessas rochas de fosfato.

2° O Urânio-238 decai para chumbo-210, que é absorvido pelas raízes, daí para toda a planta (inclusive folhas).

3° Outra rota é o ar: O Urânio-238 também decai para Radônio-222 (um gás) e daí para chumbo-210, que se acumula nos tricomas (pequenos pelos) das folhas.

4° De decaimento em decaimento o produto final é o polônio-210, que é encontrado nos cigarros, quando transformados em fumaça levam o material radioativo para os pulmões.

Veja o infográfico que a revista Scientific American trouxe:

Mas, pensando bem, o superfosfato é usado em muitas outras culturas, desde pastagem para o gado até tomate ou soja, por exemplo. O polônio-210 não estaria em tudo o que a gente come?

Pois é, foi assim mesmo que esse problema foi descoberto por Vilma R. Hunt e colaboradores de Harvard, em 1964, eles sabiam que tudo o que era orgânico possuía esse elemento radioativo, mas descobriram que, nas cinzas dos cigarros não havia, pois perderam ao virarem brasa. Essa é a diferença para os alimentos! O polônio, depois de virar vapor, estaria se acumulando nos pulmões dos fumantes e sendo (só mais um) componente carcinógeno do cigarro.

Respondendo a pergunta do título: Não, o cigarro nãoé uma bomba, mas é mais radioativo do que imaginávamos não é?

Para saber mais: www.Scientificamerican.com/jan2011/polonium

Vi no:

Imagem e informação: Scientific American, fev/11

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